domingo, 28 de julho de 2013

A Morte

Olá a todos aqueles que leem esta postagem. Tenho a crença de que o poeta não deve explicar seu poema aos leitores, afinal, isto seria subestimar a capacidade destes. Porém não chego a ser verdadeiramente um poeta e não estou tentando explicar o texto em forma de versos abaixo, mas apenas compartilhando que sentimentos e pensamentos me motivaram a escrevê-lo. Acredito que o que mantém um homem (ou uma mulher é claro) verdadeiramente vivos é a fé, não necessariamente a fé das religiões, mas a crença em algo. Mesmo um ateu materialista precisa de convicções para viver, pois apenas acreditar que sua própria existência enquanto individualidade se aniquila depois da morte do corpo e que não existe um ser superior responsável pela criação do universo não constituem, essas ideias somente, uma crença, e sim uma não crença. Um ateu materialista pode, ele também estar vivo, desde que, guarde consigo convicções e princípios que o permitam nortear e dar sentido a sua própria existência. Esta é a fé sobre a qual eu me refiro. Eis aí, portanto, mais algumas palavras sobre o assunto.

A Morte

Venho vos falar da morte,
não da inexistente morte,
mas da verdadeira,
aquela que existe.

Não da que aos animais atinge,
mas da que nos aflige.

Não é quando os vermes chegam,
nem quando o sangue escorre
que os homens morrem,
mas sim,
quando a fé acaba,
pois não há homem vivo
que acredite no nada.