terça-feira, 28 de outubro de 2014

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Pomar Alheio

Pomar Alheio

Desejando o fruto do quintal vizinho
deixo de saborear as doces frutas
que enfeitam o meu próprio ninho.

Deixando de adubar o meu terreno,
distraído pelos frutos que não tenho,
ressecam os frutos que cresceram no meu seio
e deixo de colher o que não mais semeio.

domingo, 20 de julho de 2014

Espírito Humano

Espírito Humano

Eu vi no pó o destino dos homens,
num mar de nada o seu futuro.
Corpos e vermes no escuro,
eu quase cri, eu juro,
por tudo que há de mais puro,
quase cri em corpos sem alma,
no desespero do silêncio profundo
que me tirava a paz e a calma.

Já quase um prosélito do vazio,
irracional revelação me surgiu:
A desgraçada vida dos tolos,
que desbota o sorriso dos rostos,
não resume a vida de todos,
continuam havendo alguns poucos
que, entre dores e horrores,
nos fazem crer nos sabores
e na possibilidade das cores.

E, entre tantos desgraçados,
que com o pó seriam abençoados,
surgem, de modo inexplicável,
estes seres que parecem alados,
que mesmo pela dor desfigurados
ou com o espírito por vezes manchado,
do lodo alçando voo
nos fazem crer que tudo é pouco,
e que, mesmo desfeitos seus corpos,
nada os deterá em seu voo.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Homenagem a Quintana

Homenagem a Quintana

Caminhando pela quitanda
Vi frutas de se admirar
Mas passeando pelo Quintana
É que pude me alimentar.