segunda-feira, 25 de junho de 2012

Rancor


Rancor

Ó amarga flor,
qual será tua cor?
O vermelho da ira que te evoca
ou o azul do frio que tu provocas.

Bem regada com o orgulho,
profundas raízes tu fincas,
no coração que tu sufocas.

Ó triste flor envenenada,
teu único fruto é a dor corrosiva,
que corrói famílias
e amizades antigas,
num emaranhado de confusões e intrigas.

Teus frutos apodrecem em feridas
que atingem almas inocentes,
porque teu perfume embriaga
e torna tua razão inconsequente.

E quando,
no calor do conflito,
dito é aquilo
que nunca devia ter sido dito.
E a infeliz promessa é colocada
de que tal mágoa
para sempre será lembrada,
cabe lembrar também
que o orgulho
nunca fez feliz ninguém,
pois, enquanto a língua mordida cicatriza,
um coração envenenado
simplesmente
agoniza.

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