quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

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Olá pessoal! O próximo poema foi aquele que eu considero como meu primeiro poema, com exceção dos poemas que escrevi quando criança a pedido de minhas professoras ou de um soneto que joguei fora porque nem eu mesmo gostei. Eu o escrevi depois de assistir uma aula de literatura em que a professora comentou que o verdadeiro poema é universal e atemporal (é claro que não podemos isolar o poema de seu contexto histórico, mas compreendi perfeitamente o que ela queria dizer). Lembrei também de uma aula de português em que minha professora nos levou uma entrevista em que João Cabral de Melo Neto dizia que gostava de fazer o leitor tropeçar, quer dizer, ele precisava se esforçar para entender o que estava escrito. Cheguei em casa empolgado para tentar escrever um poema deste tipo, deixei umas interrogações no título para pensar qual seria ele depois que o poema estivesse pronto, afinal, sempre tive dificuldade para pensar títulos. Depois do poema "pronto" vi que o título já estava pronto também, este poema, como muitos outros, já foi modificado várias vezes, pois cada vez que eu o lia novamente eu mudava alguma coisa nele. O resultado final foi o poema que segue.


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Há já alguns dias que busco escrever
tortuosas palavras de tão tortuosas vidas,
procurando saber o porquê
de dever eu dificultar
para que venhas tu procurar
algo nelas encontrar.

Por que tenho que complicar
pra você me entender?

Me explica! Por favor me explica!
Você não quer saber ou é medo de conhecer?
Eu sei que não é fácil encontrar,
mas tente me compreender.
Eu só quero saber o porquê do porquê do porquê do porquê...

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