Há muito tempo atrás escrevi um poema chamado "Matemática do amor", algumas pessoas parecem ter gostado dele, eu, porém, confesso que, tempos depois, após alguma avaliação, passei a achá-lo ruim, por isso o deletei de meu computador, embora deva possuí-lo impresso em algum lugar. Contudo, hoje, conversando com minha tia (que é professora de matemática também) por telefone, soube que ela estava esperando a publicação deste poema aqui no blog. Percebendo que minha atitude de deletar o poema foi egoísta (afinal, depois de escrito e divulgado um poema, ele não mais nos pertence). Como forma de me redimir resolvi escrever hoje este poema, cujo nome deve ser decifrado pelo leitor. É por isso que hoje, excepcionalmente, serão divulgados dois poemas. Devo dizer que, na minha modesta opinião, este poema é bem melhor do que o primeiro, assim vocês podem avaliar o quanto o primeiro era ruim rsrsrsrs. Um grande abraço a todos.
01har μaθeμáθic0
Oh, senoide da vida!
Cheia de máximos e mínimos
de maior ou menor amplitude,
não há ninguém seguro
dos diferenciais do instante futuro.
Também por isso é preciso
tratar os homens com igualdade,
pois o equilíbrio desta equação
é dado em função do respeito,
do respeito às desigualdades.
Mas a vida segue tangente
a este círculo vicioso
das loucuras de nosso tempo.
E nesta série convergente
de acontecimentos sucessivos
o homem testa
os limites geométricos
de um planeta apreensivo.
Vemos ainda um homem
analítico ao extremo.
No extremo de um intervalo,
o intervalo dos sentimentos.
E a história retrocede,
num avanço helicoidal,
e tudo isso acontece
em um pequeno ponto azul
no braço de uma espiral.
Assim deriva a vida
de forma inesperada,
do complexo imaginário
que supera os determinantes
dos que vivem sob esta curva
impossível de ser calculada,
por meio de qualquer visão,
mesmo de uma integral.
É interessante ver como o poeta mescla sua rotina (matemática) a sua poesia. Parabéns!
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