domingo, 12 de fevereiro de 2012

01har μaθeμáθic0


Há muito tempo atrás escrevi um poema chamado "Matemática do amor", algumas pessoas parecem ter gostado dele, eu, porém, confesso que, tempos depois, após alguma avaliação, passei a achá-lo ruim, por isso o deletei de meu computador, embora deva possuí-lo impresso em algum lugar. Contudo, hoje, conversando com minha tia (que é professora de matemática também) por telefone, soube que ela estava esperando a publicação deste poema aqui no blog. Percebendo que minha atitude de deletar o poema foi egoísta (afinal, depois de escrito e divulgado um poema, ele não mais nos pertence). Como forma de me redimir resolvi escrever hoje este poema, cujo nome deve ser decifrado pelo leitor. É por isso que hoje, excepcionalmente, serão divulgados dois poemas. Devo dizer que, na minha modesta opinião, este poema é bem melhor do que o primeiro, assim vocês podem avaliar o quanto o primeiro era ruim rsrsrsrs. Um grande abraço a todos.


01har μaθeμáθic0

Oh, senoide da vida!
Cheia de máximos e mínimos
de maior ou menor amplitude,
não há ninguém seguro
dos diferenciais do instante futuro.

Também por isso é preciso
tratar os homens com igualdade,
pois o equilíbrio desta equação
é dado em função do respeito,
do respeito às desigualdades.

Mas a vida segue tangente
a este círculo vicioso
das loucuras de nosso tempo.

E nesta série convergente
de acontecimentos sucessivos
o homem testa
os limites geométricos
de um planeta apreensivo.

Vemos ainda um homem
analítico ao extremo.
No extremo de um intervalo,
o intervalo dos sentimentos.

E a história retrocede,
num avanço helicoidal,
e tudo isso acontece
em um pequeno ponto azul
no braço de uma espiral.

Assim deriva a vida
de forma inesperada,
do complexo imaginário
que supera os determinantes
dos que vivem sob esta curva
impossível de ser calculada,
por meio de qualquer visão,
mesmo de uma integral.





Um comentário:

  1. É interessante ver como o poeta mescla sua rotina (matemática) a sua poesia. Parabéns!

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