sábado, 11 de fevereiro de 2012

Tua resposta

Tua resposta


Filho, estou te vendo,
não intervenho,
mas te observo.
E cada passo que tu dás,
cada som que tu produzes,
cada ofegar do teu olhar,
cada visão do teu tocar,
cada ouvir do teu pensar,
sou Eu.

Eu que não te perdoo,
pois não me ofendo.
E não te julgo,
nem te condeno,
enquanto que tu mesmo
já te acusaste.

Tu te lembras, filho,
daquela folha que caiu?
Eu sei,
eu lembro,
eu vi.

Tu te lembras, filho,
de quando te feriste?
Eu sei,
eu lembro,
eu vi.

Tu te lembras, filho,
de quando riram do teu choro?
Eu sei,
eu lembro,
eu vi.

Em todos os momentos,
do choro ao riso.
Eu sei,
eu lembro,
eu vi.

E enquanto riam teu choro,
eu te curava as feridas
abertas, latejantes
que eu também sentia.

Mas filho,
meu carinho é dividido,
não sou Pai de um filho só,
quando peço pelo teu irmão,
até ele estendes tua mão?

Um comentário:

  1. Gostei do poema e da mensagem, Aroldo. Parabéns pela ideia de divulgar seus poemas. Um abraço em toda a família.

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