sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Fogo que arde e faz doer


Fogo que arde e faz doer
Lembranças...
daquelas crianças,
da água cristalina,
da luz na retina,
de você
com uma rosa
para ofertar.
Mas, com um grito,
desfaz-se a paz.

Os corpos mortos,
desesperança, vaga lembrança
da intolerância dessa ganância.

Pedras, num mundo sem regras,
flechas, e a vida sem brechas,
espadas, não há mais fadas,
fogo, é tudo um jogo.
Metralhadoras, destruidoras, trituradoras, tragédias tolas
num mundo de gerações deformadas
por algo, dizem as coitadas,
antes fosse radioativo!


Chamam-te, ó nojenta, bélica.
És criadora de almas céticas,
as vidas estreitas,
nada respeitas,
tudo que é bom tu rejeitas,
sem tolerar raças, religiões, territórios,
ceifando milhares de vidas,
mesmo que em seus dormitórios!

Vejo estas cenas
comovedoras
que já não comovem mais.

Um comentário:

  1. Muito bom! Lembro bem desse poema, me foi apresentando há quase 10 anos atrás, bem como muitos outros que vejo aqui! :)

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