sábado, 10 de março de 2012

Teimosia do poeta


Teimosia do poeta


Ai... amar, amar, amar
a Mara, a Mara, a Mara.
O mar, o mar, o mar ...
Omar, Omar, Omar.
Alguns amavam Mara,
outras amavam Omar
e Omar amara amar o mar.

Eu sei que todo poeta
precisa falar de amor,
mas me desculpe Fernando Pessoa,
é que não sou bom fingidor.

Veja, colega Camões,
nem trabalho bem os sons,
com amor, rima dor.
Em Veneza, fui remador.
Agora?!
Sou péssimo rimador.

Não! Não! Não!
Não quero falar de amor,
deturpam tanto esta palavra
que anda já desgastada.

O Amor,
este sim vale cantar,
mas com este
quem irá se emocionar?

Ah, eu só queria mais um verso...
que pena... acabei de gastar.

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