terça-feira, 27 de março de 2012

Um poema de amor


Um poema de amor

Amor é desprender-se de si mesmo.
É caminhar dentro do inferno a esmo,
trazendo em si o próprio paraíso,
por transformar o que era choro em riso.

É sono! É frio! É fome! É dor! É medo!
Ao mesmo tempo é pluma e é rochedo.
É o sacrifício feito ao companheiro.
O antiegoísmo de doar-se por inteiro.

É olhar um homem e ver um irmão,
tratando bem sem para isso ter razão,
cuidando sem ao menos questionar.

O amor é cego, mas não surdo, com certeza!
Não procura beleza, nem fama, nem riqueza.
Talvez por isso ninguém o possa aprisionar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário