Um poema de
amor
Amor é
desprender-se de si mesmo.
É caminhar
dentro do inferno a esmo,
trazendo em si
o próprio paraíso,
por transformar
o que era choro em riso.
É sono! É
frio! É fome! É dor! É medo!
Ao mesmo tempo
é pluma e é rochedo.
É o sacrifício
feito ao companheiro.
O antiegoísmo
de doar-se por inteiro.
É olhar um
homem e ver um irmão,
tratando bem
sem para isso ter razão,
cuidando sem
ao menos questionar.
O amor é cego,
mas não surdo, com certeza!
Não procura
beleza, nem fama, nem riqueza.
Talvez por
isso ninguém o possa aprisionar.
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